
Os organismos que vivem sem oxigénio

Algumas descobertas fazem-nos mudar por completo nosso conceito de vida, e é que existem algumas formas que surpreendem verdadeiramente pelo facto de poder subsistir em meios que para nós seriam completamente hostis como é a carência de oxigénio. Nesta ocasião vamos conhecer uns organismos que têm sido descobertos no subsuelo de uma mina de Sevilla que até o momento se mantiveram em perfeitas condições pese à hostilidade do meio e à ausência de ar que possa ser respirado.
A mudança do conceito da vida
Mas um dos atractivos mais interessantes deste tipo de descobertas é que nos fazem nos dar conta de que a vida não só se baseia no esquema que conhecemos, isto é, existe a possibilidade de encontrar formas de vida completamente diferentes às que conhecíamos até agora, e por suposto já se estão a começar a dar os primeiros passos.
Neste sentido, já não resulta tão estranho pensar que há espécies vivas em nosso próprio planeta em lugares totalmente insospechados até agora, e por suposto, o facto de nos propor a vida em outros planetas também se abre consideravelmente, o que nos dá lugar a sonhar com mundos completamente diferentes aos que possamos ter criado em nossa mente.
Os organismos marcianos
E com este simpático nome têm sido denominados estes organismos que se mantêm sem um ápice de oxigénio, respirando tão só através do sulfato que se encontra na zona.
Com o passo dos anos, esta colónia de bactérias que vivem a 150 m de profundidade, têm ido criando rochas até formar um yacimiento que pelo momento é único em todo mundo.
Segundo os pesquisadores, consideram que este mesmo processo pode se estar a dar nestes momentos em planetas como Marte, pelo que o estudo e análise destas formas de vida permitirão agrandar os passos para conhecer melhor o planeta vermelho.
A mina de Sevilla
Esta mina recebe o nome das Cruzes, e encontra-se a tão só 15 km de Sevilla .
Pelo momento tão só têm sido achados fósseis, mas os experientes consideram quase seguro a possibilidade de encontrar restos vivos.
Estas bactéria têm estado actuando ao longo de milhões de anos, e pelo momento não se conseguiu indagar bem mais, mas é evidente que a evolução da zona e o aumento de 20 m na espessura demonstra e evidência que em algum momento estiveram vivos, o que daria a entender que seguirão pela zona ainda que se encontrem em capas diferentes.
Estes organismos são denominados extremófilos como adaptam-se e tem a capacidade de subsistir inclusive em condições extremas como é o caso de nossos novos conhecidos que não só careciam de oxigénio senão que também se encontraram durante anos completamente isolados da luz.
As temperaturas nesta zona geralmente oscilam entre 30° e 60 °C, além de que cabe destacar que as rochas que se encontram sobre ela são impermeables, dificultando de modo que qualquer elemento externo pudesse aceder a este ecosistema.